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ProSucesso – Açores pela educação - Plano
 
03-06-2015
 
Proposta de análise ao PROSucesso – eixo 1 - , no que respeita à área das Tecnologias de Informação e Comunicação Definir um programa de promoção do sucesso escolar com alusão à Estratégia 2020, mas sem uma única referência à prossecução dos objetivos da Agenda Digital e remeter a inclusão das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) para os espaços TIC, que como é sabido não garante o acesso a todos alunos, estará longe de garantir a “democraticidade da sociedade de Informação”, é excluir uma área que já faz parte do quotidiano da comunidade escolar mas que necessita de ser potenciada. A visão de uma organização baseada na inovação é essencial para definir objetivos ambiciosos para uma comunidade a par da inovação desejada. Pelo assumir público e escrito que o recurso às TIC “podem ser um excelente meio de incentivar os alunos a mostrarem as suas competências nesta áreas”, algo que num conjunto de intenções vagas se espera que aconteça, uma vez que não existe enquadramento ao nível de escola no que respeita à criação de momentos de aprendizagens e de desenvolvimento sem garantir que as escolas tenham recursos humanos com formação na área, é de esperar que apenas alguns alunos, os que, na gíria se proclamam, “como os que gostam de computadores”, se distingam. Os outros não. Este é um conceito errado e perigoso da mais-valia das TIC no ensino e parte de uma comparação, sem base científica comprovada, de que “os alunos, nomeadamente aqueles com maiores dificuldades de aprendizagem e de autoestima, que se revelam, muitas vezes, extremamente talentosos, na área das TIC”. (conforme página 17 do documento PROSucesso). No plano integrado de promoção do sucesso escolar, doravante designado PROSucesso, de abril 2015, assumir que “As tendências a curto prazo fazem prever que, dentro de 1 a 2 anos, as redes sociais se imponham na educação e a tecnologia exija um repensar do papel dos professores.” é delinear, nesta matéria, um plano que já pertence ao passado. Hoje, as redes sociais e toda a tecnologia exigem, de imediato, o repensar do papel dos professores e das escolas perante novos instrumentos e a forma de os introduzir. É tempo da escola assumir o ensino da computação com uma mais-valia para o raciocínio, a concentração, a produção de pensamento e o estímulo à criatividade. Todas estas variáveis contribuem positivamente para o desenvolvimento das criança e jovens. Há uma imperativa necessidade de refundação da escola para que ela possa estar, também integrada na era digital, a par com a alteração das práticas pedagógicas e do envolvimento de toda a comunidade educativa. O ensino das Ciências da Computação nunca foi acolhido com uma mais-valia formativa. Mas são. No presente e no futuro. Não aproveitar esta oportunidade lançada pelo Governo, através do PROSucesso, e com a “cobertura” financeira e estratégica das orientações europeias é ficar para trás naquilo que se pretende que seja um ensino inovador em resposta às necessidades do século XXI. As parcerias com espaços TIC são um ponto positivo na satisfação de necessidades antes e após a aprendizagem. Neste processo de ligação da escola aos espaços TIC fica a faltar os momentos da aprendizagem. Existe uma percentagem de alunos que consideram o dispositivo informático como uma ferramenta de trabalho e este deve ser fomentado nas disciplinas que seja útil e muito em particular como “material” das disciplinas de computação. Pela democraticidade, cabe à escola garantir que os alunos tenham acesso a estes equipamentos. O resultado entre os que possuem equipamentos e os fornecidos pela escola é a garantia da inclusão digital para todos. À semelhança das calculadoras científicas ou do banco de livros escolares. Há que ultrapassar o estadio atual de que os dispositivos informáticos devem estar instalados em salas criadas para o efeito - representando um peso financeiro ao nível da manutenção e com inevitáveis ultrapassagens tecnológicas. Esta solução – sala com computadores fixos/portáteis proprietários da escola - deve existir na escola como exceção. Sendo a regra que em qualquer espaço da escola o aluno possa utilizar o seu equipamento em rede com outros dispositivos da escola. A região poderá desencadear uma estratégia de “1 aluno/1 dispositivo informático” e “1 professor/1 dispositivo informático”, através de contratos e condições específicas que garantam que os alunos e professores possam adquirir um equipamento. É nossa convicção que as Ciências da Computação são essenciais para a construção de um pensamento que procura respostas no raciocínio lógico computacional e, como é do conhecimento dos docentes das diferentes áreas, o quotidiano em sala de aula valida as enormes dificuldades por parte dos alunos nas competências básicas das TIC. Considerem-se as seguintes, principais, notas: a)A nível nacional em março de 2015 foi lançado o projeto piloto de Iniciação à Programação no 1.º Ciclo do Ensino Básico, como complemento ou como ocupação dos tempos livres dos alunos; b) O teste PISA realizado este ano letivo testa a destreza no uso das tecnologias e questiona sobre o uso destas por parte dos alunos; c) No Reino Unido, a disciplina de programação(coding) integra os currículos do ensino básico. Há um imperativo de uma nova leitura sobre o ensino das Ciências da Computação, que provocará uma reformulação da distribuição dos recursos humanos, dos equipamentos, mas acima de tudo estamos perante uma cultura de inovação que começa e cresce nas escolas. Importa elevar a qualidade global do ensino e a mudança do ato educativo, em particular no que respeita à Ciências da Computação. Contributo para a reformulação de um paradigma de inclusão das Ciências da Computação 1º ciclo: 1º ciclo com uma carga anual de 25 horas, privilegiando o método, a pesquisa e aplicação orientada e práticas rudimentares de programação que poderão desenvolver conteúdos da disciplina de matemática e português. 2º e 3º ciclos: Não sendo possível, face à carga horária semanal, propõe-se um modelo de turnos com a disciplina de Cidadania – turnos de 90 minutos -, privilegiando o espírito crítico, o pensamento analítico, a resolução de problemas e abordagens inovadoras associadas às necessidades do contínuo crescente mercado digital, onde a programação e o tratamento de dados têm um peso na conceção de produtos finais. Há toda uma possível e desejável articulação entre as diferentes disciplinas que possam contribuir com os seus conteúdos para a criação de produtos/serviços.Incutir a participação em desafios regionais, nacionais e internacionais alusivos a produtos digitais. Aqui abre-se um parêntesis para o nosso contributo no que se refere à disciplina de Cidadania. Considerando que os professores de TIC são, muitas vezes, pares pedagógicos na disciplina de Cidadania, entendemos que esta deve ter uma orientação clara por ano escolar. A nosso ver o estado geral atual não valoriza o bom trabalho que algumas escolas desenvolvem. O conteúdo lecionado na disciplina de Cidadania por vezes é escolha do professor ou em concordância com o coordenador da disciplina. Nesta disciplina tudo se incluí: atividades do plano anual; palestras; desafios; exposições; atividades; resolução de testes; tratamento de assuntos relacionados com os alunos e a ligação com o diretor de turma…. Não é nossa pretenção homogeneizar a lecionação da disciplina a nível Açores, entendemos sim a necessidade de uma orientação geral de temas fundamentais por ano que devem ser abordados garantindo espaço para realização de outras atividades. Baseamo-nos na premissa de que nem todos os alunos têm o mesmo entendimento sobre diferentes matérias, sendo algumas muito sensíveis, o que pode provocar sentimentos de diferença nos alunos consoante o seu meio familiar. Na disciplina de Cidadania, e em substituição da proposta no PROSucesso no combate à violência em contexto escolar, a orientação por ciclo deve abordar a temática das Relações Saudáveis, com os subtemas : A Pessoa (identidade pessoal e o respeito por si e pelos outros); Educação Sexual; Violência Escolar; Violência no Namoro e Valorização da cultura escolar. Ensino secundário: A disciplina deve ser optativa, promovendo a criação de laboratórios que estimulem parcerias regionais/nacionais/europeias e com atores empresariais, posicionando-se como Incubadoras de Inovação Recursos informáticos Existe um histórico de investimento nesta matéria. Hoje, e sem demoras, a realidade impele-nos a novas formas de olhar os alunos, a escola e a suas relações com o acesso digital. Não podemos entender que a solução ideal é o equipar de salas de aulas com dispositivos informáticos. É inviável financeiramente pela aquisição e manutenções. Os alunos precisam ser pertença da sua ferramenta, como que se de um livro se tratasse. É por este paradigma que entendemos ser o caminho. “Um aluno/um dispositivo informático”. O conhecimento deve ser transportado com ele, fazer uso e criar em qualquer espaço. Os livros em formato digital já são uma realidade, até ao seu uso integral não faltará muito. Ambientalmente o que se pouparia? Pelo peso nas costas dos alunos, o que se pouparia na saúde presente e futura? Desenvolver um plano regional de “Um aluno/um dispositivo informático” e “ Um professor/um dispositivo informático”, é capacitar digitalmente, é incluir as pessoas no ecossistema da inovação. A capacidade das escolas no acesso à web deve ser repensado. Hoje os equipamentos ligados não são os mesmos, nem em número, nem em exigência, que no início deste século. As múltiplas plataformas devem ser valorizadas como recursos de enorme potencial para aquisição de conhecimento e de potenciar descobertas e não podem, nem devem, ser negligenciadas com o receio de uso indevido em sala de aula. Ao receio responde-se com a necessidade da vivência da cultura escolar. Não o fazer com receios de fantasmas de uma relação professor/aluno que possa ser menorizada é remeter-nos para o século passado e renegar o que de positivo tem esta geração. Por fim, a proposta deste desenho escalonado por ciclos, pretende enquadrar a necessidade da inclusão das Ciências da Computação na vida escolar do aluno mobilizando-o para um pensar e agir em colaboração com o digital. As Ciências da Computação convocam ao uso, à pesquisa, à inovação e à criação. Premissas só possíveis com uma efetiva inclusão destas na vida do aluno, alertando-o para promover em si a capacidade de produtor e não apenas de consumidor de tecnologias. Não nos resignemos ao aluno capaz de utilizar um processador de texto, ou uma folha de cálculo, ou ligar o computador, tenhamos a ambição de estimular o poder de criar ou de analisar o funcionamento de um recurso tecnológico. Com conhecimento efetivo das realidades do parque escolar, pensamos ser desejável e exequível, que no próximo ano letivo se inicie o ensino das ciências da computação, pelo menos, a partir do 2º ciclo. Esta proposta é uma posição do presente para o futuro, que é construída a partir das escolas, como espaços de emancipação, não podendo descurar a importância da competência digital numa das economias que mais cresce diariamente e que estima a necessidade de milhares de empregos diretamente ou indiretamente relacionadas, ou mesmo, dependentes das Ciências da Computação, no futuro próximo. Finalmente estaremos em condições, a par de outros estados membros europeus, de iniciar um caminho de redução do gap de competências digitais existente entre o número de empregos na área e o número de pessoas qualificadas. Associamo-nos ao PROSucesso quando refere que “havendo várias razões e condicionantes para o insucesso escolar, acreditamos que só uma abordagem multidisciplinar e institucional poderá dar a resposta adequada à resolução deste grave problema”. Acreditamos que o conhecimento na área da computação dará um forte contributo para uma resposta adequada. Temos, porém, dúvidas ao nível da conceção e da existência de recursos que garantam o preconizado na página 17 e que reproduzimos “Prevê-se que, de 2 a 3 anos, os jogos de computador se tornem parte integrante do ensino e que os dispositivos móveis, …, se transformem instrumentos úteis de aprendizagem(…)Entre 4 a 5 anos, prevê-se generalizar a aprendizagem personalizada e o uso de laboratórios virtuais e remotos”. Ao nível dos equipamentos todo o programa PROSucesso é omisso e como é do conhecimento há escolas que não estão equipadas, garantindo os recursos necessários. Por outro lado há uma diferença conceptual, e que sustenta, também o nosso contributo, entendemos que estas mudanças não acontecerão daqui a 2, 3, 4 ou 5 anos. Já acontecem. É já hoje! 2 de junho de 2015 Os Professores/ As Professoras: Bárbara Almeida Carlos Pinto Elisabete Picanço Hugo Cardoso Marco Soares Miriam Sebag Nuno Bonito Nuno Massa Paulo Leocádio Sónia Nicolau


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